Mais informações

AZEVEDO, Sérgio de; ANDRADE, Luis Aureliano Gama de. Habitação e poder: da fundação da casa popular ao Banco Nacional da Habitação. Rio de Janeiro. Zahar, 1982. 135p.
Clique no nome do(s) autor(es) para ver o currículo Lattes:

Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 5 (Nenhum com arquivo PDF disponível)
Citações: Nenhuma citação encontrada
Índice h: Indice h não calculado  
Co-autores: Nenhum co-autor encontrado

Resumo

A política habitacional é terreno privilegiado de confluência de alguns problemas centrais para a compreensão do Estado e de sua atuação frente às características da nova sociedade urbana brasileira. Através da análise das políticas de habitação popular, revelam-se problemas da mais alta significação política e normativa do Brasil de hoje. Habitação é um dos reclamos maiores na luta pela ampliação da cidadania, para que se reconheça nesta a faceta social, à qual compete ao Estado dar substância pela aplicação dos recursos públicos na política de desenvolvimento social. As análises apresentadas neste livro deixam claro quão longe ainda estamos desse ideal. 0 texto não se restringe ao que poderíamos chamar de "fase BNH" da política de habitação popular. Preenchendo uma lacuna na bibliografia sobre o assunto, os autores levaram mais longe sua prospecção, e procederam a bem cuidado levantamento das iniciativas anteriores do Estado brasileiro, no setor habitacional, na fase da Fundação da Casa Popular, durante a vigência da República Populista. 0 populismo foi sensível ao problema da habitação para as camadas pobres. Contudo, nesse período, apesar da participação política que se dilatava e da exigência de que os governantes acompanhassem com maior atenção os humores da opinião pública dos grandes centros, o desenvolvimento social e, entre seus componentes, a habitação popular, não saíram de modesto posto na escala de prioridades no uso dos dinheiros públicos. A trajetória da política habitacional é vista, neste livro, dentro de um contexto maior. A abertura social dos programas varia com a necessidade política de legitimação popular, oscilante de conjuntura a conjuntura. Não perdem, contudo, os autores o sentido de fatores operantes também ao nível "micro" da análise, e que constituem a mediação necessária à compreensão das situações específicas, concretas. Além disso, eles procedem à avaliação de alguns dos programas novos, lastreada em pesquisa de campo de experiências recentes. Trata-se, portanto, de um estudo que explora os aspectos que têm constituído o cerne da política de habitação popular nas últimas três décadas. Para isso, os autores deram destaque à análise do desempenho da Fundação da Casa Popular e do Banco Nacional da Habitação, que são, no período focalizado, a matriz da política habitacional. As análises aqui desenvolvidas constituem uma apreciação global, um balanço crítico da política brasileira de habitação popular a partir de 1945.
-