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LIRA, José Tavares Correia; LEME, Maria Cristina da Silva; FELDMAN, Sarah. ESPAÇO E DEBATES. CIDADE, CULTURA, (IN)CIVILIDADE. São Paulo, 2003. 158p. José Tavares de Lira, Maria Cristina da Silva Leme e Sarah Feldman (org.).
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Resumo

Num ensaio de 1980, o historiador da arte e ex-prefeito de Roma, Giulio Carlo Argan, se pergunta: queremos ou não conservar a cidade como instituição histórica, como nó cultural no processo societário? Seu olhar estava voltado para o problema da preservação dos velhos centros urbanos europeus, mas a reafirmação de um princípio cultural de ação sobre a cidade definia-se como atitude eminentemente política. Tratava-se de reconduzir o novo sistema de informações que caracterizava a cidade contemporânea para além de sua vocação publicitária, reabilitando-a enquanto estrutura de circulação cultural capaz de estender a todos os seus cidadãos os direitos de nela participarem. O curso dos fatos levanta suspeitas sobre a dose de esperança na reflexão de Argan. A temática do consumo cultural transparece tanto nas novas relações entre arte, público e instituições, quanto na própria espetacularização da paisagem urbana. As práticas urbanísticas mais recentes absorvem a historicidade e o sentido cultural das cidades em circuitos de mercado e disputa por investimentos. As relações entre cultura e cidade estão em toda parte: em programas de governo, em ações de planejamento, na inversão de recursos, nas parcerias público-privadas e mesmo na avaliação de experiências de gestão urbana. Podemos preservar o nexo fundamental de compreensão da cidade como acúmulo cultural, como locus de civilização? É possível pensar o espaço urbano contemporâneo a partir de uma ética citadina, de direitos culturais associados à inclusão, à urbanidade, à instrução ou à reciprocidade, para além das tendências hegemônicas de privatização e culturalização das cidades? Que categorias de pensamento são capazes de pautar as nossas idealizações e experiências urbanas no último século? Que processos culturais, que representações morais e estéticas entram em jogo na hora de se fazer, construir e intervir em nossas cidades?
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