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FELDMAN, Sarah. O zoneamento ocupa o lugar do plano : São Paulo, 1947-1961. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, 7., 1997, Recife. Anais... Recife: ANPUR, 1997. p. 667 - 684.
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Resumo

No final dos anos 40, São Paulo conta com mais de dois milhões de habitantes e a ocupação do solo se caracteriza por duplo movimento. Por um lado, a cidade se compacta, através da verticalização nas áreas mais centrais e da ocupação de loteamentos encravados em bairros já formados. Por outro lado, a área urbana se expande, pois a ocupação periférica já se impôs como estratégia de moradia para a população de baixa renda e, direcionada pela indústria, ultrapassa as fronteiras do município. Impulsionado pela alteração do processo produtivo, pelo aumento da capacidade produtiva, e pela maior complexidade que se observa na própria estrutura da sociedade, que passa a contar com um significativo aumento do contingente de classes médias, as atividades ligadas ao setor terciário também se expandem e a centralidade urbana se reestrutura. Este trabalho destaca a importância de um formato específico assumido pela legislação de zoneamento, em São Paulo, a partir do final dos anos 40. Trata-se do zoneamento a que Basset (1925) se refere como zoneamento duplamente compreensivo: abrangente ao conjunto da cidade e que divide o território urbano em zonas, nas quais se articulam diferentes parâmetros urbanísticos. É este o zoneamento que se mantém até hoje como principal instrumento de planejamento em São Paulo e na maioria das cidades brasileiras.
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