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ACSELRAD, Henri. A duração das cidades: sustentabilidade e risco nas políticas urbanas. Rio de Janeiro. DP&A, 2001. 240p.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 8 (Nenhum com arquivo PDF disponível)
Citações: 1
Índice h: 1  
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Resumo

O propósito deste livro é o de fazer do debate sobre sustentabilidade urbana um momento da democratização do poder sobre os processos socioambientais nas cidades. Apresenta-se aqui um olhar crítico sobre o chamado "pensamento único urbano" que exige das cidades que elas se ajustem aos propósitos tidos por inelutáveis da globalização financeira. São assim questionados os que evocam as necessidades da "inserção competitiva" para pressionar as cidades a se transformarem em espaços em disputa - inclusive pela via da afirmação de seus atributos "ambientais" - por investimentos nos mercados internacionalizados. A cidade do "pensamento único" - o ambiente dos negócios. Mas ao estimular disputas entre as cidades pela via da guerra fiscal, o "urbanismo de resultados" aqui criticado tem muito contribuído para reduzir as receitas públicas e os recursos disponíveis para as políticas sociais, aumentando a desigualdade, a exclusão das populações pobres e a degradação dos recursos ambientais. A modernização ecológica associada por sua vez a este urbanismo competitivo parece estar contribuindo para o que se tem chamado de "desintegração da modernidade híbrida", que faz com que as inovações econômicas, tecnológicas, sócioculturais - e agora "ecológicas" - beneficiem apenas pequenas minorias, e que as posições relativas conquistadas pelos movimentos sociais na construção de certos direitos venham se transformando em regressão social e dependência. Os autores deste livro, na contracorrente desta tendência, procuram pensar as políticas urbanas e suas dimensões ambientais na perspectiva da recuperação das cidades como espaços por excelência da inovação social e do exercício democrático.
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