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ACSELRAD, Henri. Sustentabilidade e território nas ciências sociais. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, 7., 1997, Recife. Anais... Recife: ANPUR, 1997. p. 1910 - 1934.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 8 (Nenhum com arquivo PDF disponível)
Citações: 1
Índice h: 1  
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Resumo

O presente texto foi elaborado para o projeto "Sustainability as a Concept for the Social Sciences" coordenado pelo Social-Ecological Research (Frankfurt) como parte do programa "Management of Social Transformations da UNESCO. A adjunção da questão ambiental às problemáticas territoriais tem-se dado por duas vias básicas: pela via de mudanças incrementais em problemáticas pré-estabelecidas ou através da crítica aos limites das abordagens convencionais. Na primeira via, alguns autores consideram que a "queda da qualidade ambiental" veio apenas juntar-se aos desequilíbrios regionais como um tipo adicional de externalidade negativa do crescimento econômico (Cumberland,1973). Partindo do postulado segundo o qual "os preços devem refletir as diferenças nas dotações ambientais", vêm o meio ambiente como uma nova variável a integrar os velhos modelos formais de equilíbrio. Para assegurar a alocação interregional ótima de recursos, cada região deveria "arcar com os custos ambientais que causam em outra área através de efeitos interregionais" (Siebert, 1985). Para outros autores, o meio ambiente é também uma nova variável, mas que vem somar-se, ao contrário, aos atributos positivos do território: um "planejamento regional sustentável", dizem, deverá considerar os padrões ambientais como fator adicional de promoção de economias urbanas e locacionais, ao lado do baixo custo da terra e da força de trabalho (Roberts,1995). Algumas abordagens inserem a questão ambiental em estratégias de fortalecimento disciplinar, movidas pela preocupação em sustentar os próprios planejadores e seus espaços de influência. Dirão que a relutância em abraçar a temática ambiental constituiu uma oportunidade perdida pelas Ciências Regionais, "que fracassaram em fazer seu este campo" (Isserman,1993) ou que tal temática constitui hoje uma "condição para o sucesso do planejamento regional" (Roberts,1995). Para os que privilegiam a dimensão global da problemática ambiental, a escala regional poderá ser descrita de forma restrita e subordinada, manifestação em escala reduzida e condição de possibilidade do "modelo da sustentabilidade global" (Nijkamp,1990,p.159).
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