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MARQUES, Sônia; LOUREIRO, Claudia. Duas safenas e uma mamária : a história recente do Pátio de São Pedro dos Clérigos, no Recife. Duas safenas e uma mamária : a história recente do Pátio de São Pedro dos Clérigos, no Recife. In Belo Horizonte,2003. p. 233-243, il
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 20 (Com arquivo PDF disponíveis: 10)
Citações: 6
Índice h: 1  
Co-autores: Nenhum co-autor encontrado

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Citações: 1
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Resumo

A terceira intervenção ocorrida no Pátio de São Pedro dos Clérigos, no centro de Recife, em um intervalo de três décadas, desenvolvida em parceria com a iniciativa privada, pretendeu, segundo a propaganda oficial, transformar o pátio na "mais nova sala de estar da cidade". Talvez melhor coubesse o título de "sala de jantar", pois a intenção, declarada pelos idealizadores do projeto, é instalar um pólo gastronômico, tanto que, inicialmente, seis casas têm uso definido relacionado à gastronomia e serviços'. A prefeitura pretendia estimular a ocupação das demais por meio de um projeto denominado "Pátio de Idéias". As casas desocupadas foram ambientadas, cada uma com um tema próprio, por arquitetos locais, utilizando objetos adquiridos no Mercado de São José, próximo ao Pátio. A tônica é o apelo à "nossa cultura". Acentuando o caráter "popular" a ser preservado, os responsáveis pela intervenção parecem trabalhar numa compensação à Ia Haussmann: Bois de Boulogne para os ricos, de Vincennes para os pobres. Mas, o que diferenciaria esta intervenção de modo a garantir ao Pátio um destino diverso do abandono e da degradação que se seguiram às anteriores? As práticas contemporâneas buscam superar o âmbito da mera preservação de monumentos, espelhando-se em experiências internacionais que integram as ações de planejamento urbano àquelas de preservação, conservação e sustentabilidade. Nesta ótica, o contexto local caracteriza-se pela euforia de operações "resgate". Festeja-se o sucesso do Pólo Bom Jesus, para cujos sinais de saturação há uma contrapartida: a aposta na sua sustentabilidade, com o reuso do Moinho Recife para residências, numa versão tropical das Docklands londrinas.
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