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MENDONÇA, Jupira Gomes de; COSTA, Heloisa Soares de Moura. Entre a homogeneização e a diversidade: segregação socioespacial na metrópole belo-horizontina e as especificidades do eixo sul. Espaço e Debates, São Paulo, v. 24, n. 45, p. 75-8, jun./jul. 2004.
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Resumo

O processo de expansão metropolitana em Belo Horizonte apresenta como particularidade a manutenção da centralidade física das áreas residenciais dos grupos de alta renda, cuja expansão territorial se faz em áreas próximas ao centro, em um continuum territorial, avançando na direção sul, seja nos bairros verticalizados, seja nos chamados condomínios fechados. A expansão do conjunto da metrópole, crescentemente desigual e segregada, aponta a mobilidade residencial socialmente descendente do centro para a periferia. O trabalho discute a mobilidade residencial nos períodos recentes no conjunto da Região Metropolitana de Belo Horizonte e, particularmente, no chamado eixo sul, onde se observa a crescente participação das duas extremidades da hierarquia social, as elites de um lado e os trabalhadores menos qualificados, de outro. Para tanto, as formas específicas de reprodução do espaço e de acesso à terra na região são elementos centrais. A partir da constatação da polarização apontada, o trabalho busca ainda discutir as possibilidades e implicações de duas tendências que se vislumbram: de crescente homogeneização e elitização do espaço representada pelos chamados condomínios, ou de formas mais diversificadas de urbanização apontadas principalmente pelos espaços de ocupação não-exclusivamente residencial.

Abstract

The process of metropolitan expansion of Belo Horizonte presents as a particularity the maintenance of physical centrality of high income residential areas whose territorial expansion forros a continuum from central areas spreading southwards, to the verticalized neighbourhoods or the so-called gated communities developed. The expansion of the whole metropolis, increasingly unequal and segregated, highlights a socially descendent residential mobility from the centre to the periphery. The article discusses residential mobility in recent years, for the metropolitan region as a whole and, particularly, for the southern direction (the socalled south-axis) where there is an increasing participation of both extremes of social hierarchy: the elite and the unqualified workers. The specific fornis of space reproduction and access to land are central issues for the analysis. Departing from the mentioned polarity, the possibilities and implications of two tendencies are discussed: the growing elitization and homogeneity of space represented by the so-called residential gatedcommunities, and the potential for more diversified forros of urbanisation represented by neighbourhoods where non strictly residential forms of occupation are possible.
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