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RIZEK, Cibele Saliba. Os sentidos da cidade brasileira : figurações da ordem e de seus avessos. In: SEMINÁRIO DA HISTÓRIA DA CIDADE E DO URBANISMO, 7., 2002, Salvador. Anais... Salvador: UFBA, 2002.
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Dados do autor na base InfoHab:
Número de Trabalhos: 8 (Com arquivo PDF disponíveis: 1)
Citações: 2
Índice h: 1  
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Resumo

Esta comunicação tem por base resultados De uma investigação que, recuperada brevemente, pode ser enunciada como um mapeamento das noções de cidade e de civilidade no pensamento social e sociológico brasileiro, especialmente em sua vertente paulista, através de alguns de seus autores paradigmáticos. Trata-se de identificar, ao longo da formação do pensamento social e da sociologia que se nucleia em São Paulo, durante um período de sua formação - isto é, grosso modo a partir da publicação de Raízes do Brasil até os diálogos entre Florestan Fernandes e Antonio Cândido ao longo da década de 50, concepções cuja explicitação e mapeamento pudessem elucidar os sentidos conferidos às cidades e ao processo de urbanização, assim como as inquietações a respeito de qual caracterização do país e de suas relações econômico-sociais e políticas configuram estas concepções. Para além das interlocuções com as matrizes teóricas externas (Escola de Chicago e as interpretações dos clássicos da sociologia, nas vertentes introduzidas pela missão francesa ou mesmo Simmel e Weber, que se fazem presentes na obra de Sérgio Buarque de Holanda) e internas (com o pensamento de G. Freyre, por exemplo) cabe sobretudo identificar o modo como se configura o binômio ordem e desordem em seu movimento pendular ou em sua progressão que parece ressoar nas caracterizações da cidade formal/informal, legal/real, especialmente a partir deste núcleo de discussão social que se enraizava em São Paulo. Estas questões remetem à identificação das escolhas teóricas e chaves explicativas que ancoravam as análises e os sentidos da cidade ora nas dimensões econômicas (nas sociologias da modernização, da urbanização, do desenvolvimento) ora nas dimensões políticas (presença, falta ou especificidade da esfera pública, constituição das formas de poder, cordialidade como forma de sociabilidade política) que caracterizavam seu processo de constituição.
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