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Moraes Netto, Vinícius de; KRAFTA, Romulo. Segregação, dinâmica urbana, modelagem e mensuração. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, 8., 1999, Porto Alegre. Anais… Porto Alegre: ANPUR, 1999.
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Resumo

O fenômeno da segregação urbana pode ser observado nas sociedades caracterizadas por profunda divisão social, como as cidades brasileiras, moldadas pelo mecanismo da segregação social de ordem econômica. A presente pesquisa oferece uma abordagem alternativa para a visão da segregação como processo de afastamento entre classes pela constituição de áreas ou zonas de habitação segregadas: coloca a segregação urbana no panorama de apropriação social sobre a macro-estrutura da cidade; assim, a movimentação e as atividades dos indivíduos podem ser vistas como componentes do processo de segregação. O modelo estabelece, a partir da localização das atividades e habitação, as rotinas de deslocamento e atividade diferenciadas por critério de níveis de renda. As rotinas são constituídas através da montagem da estrutura de percursos/dia típica de classe, em função das diferentes lógicas de percurso e formas de deslocamento (pedestre, veicular privado e coletivo). O tratamento dos atratores (locais de atividades de demanda de fluxo de pessoas) a partir do modelo de centralidade (Krafta, 1991) como locais de destino gera a teia de fluxos intra-urbanos, constituída pela sobreposição das ações de cada indivíduo do sistema urbano no tempo e no espaço da cidade. A separação da teia em redes tipificadas por renda permite a composição das redes dinâmicas sociais distintas, que podem ou não se valer dos mesmos espaços urbanos. A segregação social é assim observada na incompatibilidade ou pouca sobreposição entre as diversas redes dinâmicas em um mesmo espaço urbano, conformando-se assim como fenômeno dinâmico. Esta visão da segregação não como áreas segregadas mas como apropriação dos espaços públicos (locais atratores e trechos axiais de deslocamento) possibilita mensurar o quanto uma cidade é segregada. O modelo mostra o panorama e o nível de segregação urbana, visualizados e mensurados em função do grau de sobreposição das redes (o mapa físico dinâmico da segregação). A medida é gerada pela ponderação da quantidade e comprimento de trechos axiais e atratores apropriados pelas diferentes classes em função da natureza dos usos - resultando na propriedade do grau de segregação urbana.

Abstract

Social segregation can be observed in societies marked by deep social division. The present work intends to propose a different approach to the phenomenon, usually analised as social distance motivaded by segregeted areas production. The work treats segergation over urban macrostructure, and incorporate the social movement and activity. The model states upon the dwellings and activities location, the routines of movement (pedestrian, collective or private veicular forms). The concept of attractors (places of activity) based on the centrality model and (Krafta, 1996) , which demand social flow, generates the complex web of individual appropriation of the urban system. The separation of the web in networks of class appropriation defined by specific income levels generates the notion of social segergation as different dynamic networks, barely superimposed. The whole process gives a dynamic view on the phenomenon. The notion of segergation not as segergated areas but as segregated appropriation on urban spaces (grid and attractors) permits to measure the level of segregation of a town, upon the level of superimposition of the different networks over the same urban macrostructure resulting in the property of Urban Segregation Level.
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